Todo fim é um começo e o começo da Bungie na nova geração é contido, para dizer pouco. Continue lendo nossa crítica depois do pulo.
Destiny não é inovador, longe disso, ele tem mecânicas já
conhecidas por muitos, não tem como não se lembrar de Halo quando você pega uma
arma pela primeira vez na dacaída Russia, ou Mass Effect com a e os mecanismos de evolução de personagem e skill. Porém, ele é bom, diverte e cumpre
bem seu papel nessa nova geração.
Mas Destiny poderia ter ido além, sim, esse
poderia ter sido o jogo que abriria as portas para o FPS na nova geração, não
considero que Call of Duty e Battlefield 4 tenham sido jogos da nova geração,
apesar de terem sido lançados para ela, também. Destiny sim tinha um papel
maior a cumprir, mas ficou apenas no aceitável.
Ambientação

E os gráficos fazem bem, não estou levando em
consideração as versões para a velha geração, apenas a nova. Entre PS4 e X-One
quase não existem diferenças, na verdade, muito dificilmente você encontrará
uma que seja substancial. Destiny é bonito, tem ambientações boas e não perde
pontos aqui.Quanto a problemas de polígonos apresentados por alguns, especialmente nas sombras, com alívio informo que em momento algum vi algo remotamente parecido.
O mais interessante de tudo é poder imaginar o
quão lindo Venus era durante o apogeu da raça humana, ou a própria Terra. Ou a
Lua, com suas crateras e estações de pesquisa, mesmo que isso só fique na imaginação. Logo, de todas as críticas
direcionadas ao jogo, questionar sua ambientação e o desenho feito pelos
artistas deverá ser o único ileso.
Trilha sonora
Trilha sonora
A trilha sonora é assinada por Martin O'Donnell e Michael Salvator, os mesmos que trabalharam na trilha sonora das últimas edições de Halo. Ou seja, mais uma caracterísca que fará com que você se lembre da gigande da Bungie.
Não tenho do que reclamar aqui, a trilha é boa e tem cadência assertada com os rumos de seu personagem, as vezes ela é facilmente esquecida de tão sutil, em outras, fará com que você se lembre do território hostil a qual se encontra, antes mesmo de se dar conta dos perigos e como explorador de Vênus, posso te garantir, você vai se lembrar desse paragráfo enquanto observa as nuvens avermelhadas do planeta selvagem.
História
Eis o maior problema de Destiny, a sua história.
Toda história tem seu prólogo, tudo tem um começo, mas não é necessariamente obrigatório
que você a comece pelo início. O seu prólogo pode muito bem estar cronologicamente
no final, desde que a história realmente comece a partir de então. Com Destiny
tudo é estranhamente na metade. Em alguns pontos, parece que você está
encarando o pós-game após horas de jogatina, quando na verdade, é só a terceira
missão. E então você percebe que caiu na repetição, é o mesmo lugar, de um
ângulo diferente, em uma missão diferente, pela segunda vez. Acontece na
Rússia, acontece na Lua e vai acontecer durante todo o percurso do guardião.
Você vai descobrindo aos poucos para onde vai, o
que tem que fazer, mas é só. O que poderia ser épico se torna mediano e se não
existirem mais dois amigos para dividir as frustrações das repetições do ingame
com você, então sua cruzada como lobo solitário se tornará um loop eterno de
mate a feiticeira, atire nos renegados...
E para um grupo de milícia que está passando pela
decadência, tudo é muito rico, muito bonito e no final, meio raso. A terra foi
dizimada, os planetas conquistados foram perdidos para a escuridão, você faz
parte do resto, de uma resistência, mas não tem ar de resistência, tem ar de
elite.
Já que estamos falando da história, vamos
comentar o personagem principal. Bom, você poderá criar escolhendo algumas raças, humano,
awoken e exo. E nesse quesito encaramos mais uma vez o problema da história,
quase nada é dito a respeito dessas raças diferentes existentes no jogo. Awoken
são humanos híbridos? Exo, como classe robótica, possuem inteligência artificial
ou partes orgânicas? O que explica seu comportamento humano? Destiny, me dê uma
luz. De novo, não ter background das raças não é mandatório, mas quando a
história depende e cria a narrativa ao redor da invasão de uma outra raça
alienígena é bom saber o real motivo da existência de uma como a awoken. E isso
não é ser exigente, é ser coeso com a proposta do jogo. Cadê o confronto? Onde está a jornada do herói? Quando, na concepção do jogo esqueceram de incluir o monomito?
Dentro das raças existem as subclasses, guerreiro,
feiticeiro e caçador. Mais uma vez, pouco é dito (ou quase nada) a respeito das
subclasses. Tudo é tecnológico, mas a presença da referida “luz” é deixada para
o desenvolvimento futuro.
Para ser honesto, o verdadeiro protagonista do
jogo não é você, é seu fantasma. E para protagonista o fantasma poderia ter
recebido um pouco mais de profundidade para representar algo significante no
imaginário. Não existe alívio cômico, seu fantasma não é sério, ele é o
narrador/tutorial do jogo e é triste saber que ele poderia ter se tornado muito
mais e não somente algo medíocre. Tudo fica um pouco pior quando
você joga a versão dublada, nada de Peter Dinklage (Game of Thrones) para você,
só uma voz genérica qualquer.
O vilão então é meramente um sussurro, você sabe da ameaça, entende o perigo, mas não chega a imergir totalmente. É um mate para não morrer, no começo, dificilmente você irá se sentir parte de algum propósito maior.
O vilão então é meramente um sussurro, você sabe da ameaça, entende o perigo, mas não chega a imergir totalmente. É um mate para não morrer, no começo, dificilmente você irá se sentir parte de algum propósito maior.
Gameplay
Nesse ponto Destiny faz bem, ou melhor, o
esperado. Não existe segredo no gameplay, mesmo com a presença dos especiais,
tenho certeza de que nada apresentado é realmente novo. E onde não existe
inovação, existe a consistência de uma produção contida. É mérito? Bom,
demérito não é, quando temos algo simples o mínimo que queremos é o bem feito e
o game é assim.
Várias armas para escolher, variação entre a
primária, secundária e pesada, além de planar, mas se você tiver jogado
Titanfall vai notar que até mesmo algumas armas pesadas relembram muito as
desse citado. Mate um inimigo e você receberá munição, se for um inimigo classe
A, munição especial, elas diferem pela cor, cinza, verde e roxa. Nada inovador,
é simples, mas bem feito. Menos é mais, sabe? Mas as vezes um pouco a mais não machucaria ninguém.
Veredito
Destiny tem aquele sabor requentado, é meio Mass
Effect, é meio Halo, para quem acompanhou Star Wars: KOTOR também pode
encontrar algumas similaridades ao explorar planetas, tem um plot aceitável e
história um pouco rasa. Não é um jogo ruim, é interessante e com certeza você irá
jogar por muitas horas até se cansar totalmente.
Então, o veredito é bem simples, Destiny é um
game passável. Entra facilmente no rol dos melhores lançamentos do ano, mas
vamos ser sinceros, nada muito animador foi lançado até agora.
Gráficos - 9,0
Trilha Sonora - 8,0
História - 6,0
Gameplay - 8,0
Trilha Sonora - 8,0
História - 6,0
Gameplay - 8,0