Iniciando a nova categoria do blog, com críticas e resenhas sobre quadrinhos, filmes e séries. O número escolhido foi do recém lançado, AVENGERS: The Enemy Within. Depois do pulo a análise dessa edição de estréia.



Primeiro de tudo, para quem não sabe, Avengers: The Enemy Within é um crossover (uma história derivada de um arco já existente com participação de personagens de várias mitologias diferentes). Também é uma mini-série e não terá uma tiragem de muitos volumes. 

Esse arco se aprofunda na história de um dos personagens que eu mais gosto do universo Marvel, Capitão Marvel. Esse "inimigo interior" é a história de Carol Denvers a Ms Marvel e sua luta contra uma lesão cerebral que a impede de usar seus poderes sem consequências mais graves a sua saúde.

Antes de começar a análise dessa edição própriamente dita, vou começar explicando um


pouco da história da "Senhorita Marvel'. Para quem não sabe, o Capitão Marvel não é humano, ele é parte de uma raça conhecida como Kree. Um belo dia, ela se encontra com o Capitão e é bombardeada por radiação extraterrestre. Ela ganha seus poderes e desde então assume o nome de Senhorita Marvel. Só para vocês terem uma ideia, a personagem já apareceu em mais de 2000 edições de histórias e arcos diferentes, faz parte dos Avengers (torço para que um dia apareça nos filmes também) e é FODA! Mas tudo tem um preço, diferente do Capitão Marvel, Ms Marvel não é uma extraterrestre, e os efeitos dos seus poderes em seu corpo fizeram com que ela desenvolvesse uma lesão em seu cérebro. Depois disso, ela descobre que se usar seu poder de voo, ela poderá agravar a situação de sua lesão, incluindo perda de memória, desmaios e até... morte. Mas ela ainda tem outros poderes, como super força, super velocidade, super stamina, super agilidade, invulnerabilidade, absorção de energia, projeção de energia, regeneração, sensação do perigo, percepção cósmica e controle molecular inferior. Bastante, né?

Enemy Within (inimgo interno), vem para mostrar esse lado da heroína. Seus poderes e a necessidade que ela vê as vezes, em usar sua habilidade de voar. O dilema encontrado é algo fascinante, voar ou não voar? Qual o significado de ser um herói? Se você pode voar e vê uma criança caindo de uma janela, a resgata ou não? Mas se você não pudesse voar, o que faria? A verdade é que esse primeiro volume é ótimo. A interação da Ms Marvel com outra personagem dos quadrinhos que eu tanto gosto a Mulher Aranha, se prova tão divertida quanto qualquer outra interação das versões masculinas dessas personagens.

Lado Ruim: Uma das coisas, que me incomoda é o traço do desenhista Scott Hepburn, as vezes ele alterna entre um risco mais caricatural para o sério, no mesmo quadro. Um exemplo é a imagem abaixo. Olhem como o Thor e a Ms Marvel estão em "mundos" diferentes no traço.


Lado Bom: A história, bem centralizada, o tal inimigo que você questiona junto com a personagem e principalmente, Mulher Aranha e Ms Marvel lutando juntas.


Veredito: O inimigo interno, ou o inimigo externo (fica esse mistério), é o charme dessa mini saga. Se você não leu nenhum quadrinho ainda, eu não sugiro que comece com esse cross over, mas se já leu e já tem uma certa intimidade com a história do Capitão Marvel e da Ms Marvel, vale e muito a pena.

Obs. Existem sites especializados no download de histórias em quadrinhos em português, é só usar o bom e velho Google. Se você se aventura no inglês, o piratãoBay tá ai pra isso. Boa leitura!